sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Por um mundo onde a rotina seja coisa rara...

O tema parece paradoxal. Se assim fosse, seria uma contradição muito da bem-vinda.
Você pode ter certeza de que tá preso a uma rotina, quando encontra uma pessoa que viu há quase um ano e o diálogo flui mais ou menos assim:

- Nossa, quanto tempo!
- Pô, nem fale! Tempo mesmo.
- E aí, tudo bem?
- Tudo. E você?
- Bem. Qual a boa?
- Nenhuma. Aquilo mesmo, não muda nada. E você, novidades?
- Não. Na mesma.
- Ah, então beleza. Até a próxima.
- É, a gente se bate por aí de novo... Abraço!

Aí pergunto: nada de novo e tudo beleza? Isso sim que é paradoxo!
O que conforta no diálogo é saber que tem mais uma galera aí fadada ao caos que a rotina traz. Sei que isso não é motivo pra se glorificar, mas sim, pra repensar muita coisa.
Demoramos a perceber mas, a grande verdade é que nos conformamos com a mesmice. Muitas vezes não mudamos nem o trajeto pra chegar em casa, quanto mais o resto.

E quando a pessoa tá nessa situação, observe que ela não tá só, Murphy tá ali colado. Dúvidas?
Repare naquele dia que você acorda super disposto e diz: hoje vou fazer algo diferente, vou à praia. Aí São Pedro, por sacanagem descuido, deixa cair um belo de um pé d'água. Ou ainda... Planeja aquela viagem e do nada, tudo desanda. Se vacilar, até o Papa resolve dar um pulo na sua casa e... Bem, não dá pra ser deselegante com o Papa, né? Imagina se você teria coragem de dizer que ia viajar e que era pra ele tratar de passar em uma outra hora. Não dá, dane-se a viagem, fica e faz sala. A viagem nem seria tão legal assim. Bênção? Talvez! Pra não dizer outra coisa e trazer mau agouro.

Cazuza, meu querido, se puder ler meus pensamentos, se junta com Cássia Eller nesse plano superior aí e inspira algum ser terrestre a inventar o tal veneno anti-monotonia que um dia cantaram pra nós em "Todo Amor Que Houver Nessa Vida". Vai que um dia a gente encontra nas farmácias e se persistirem os sintomas, um médico deverá ser consultado.

Porque apelar não custa nada, né?!

Pois é, e tenho dito, se pudesse escolher um objeto pra ser destinado a mim que fosse representar minha rotina e que eu tivesse que cuidar com carinho&amor, escolheria logo um belo de um jarro de cristal. Do jeito que sou cuidadosa desastrada, ele ia se parar no chão em dois tempos e partir em trocentos pedaços. E como dizem, cristal quebrado não cola jamais. Vamos viver que o mundo taí pra isso!






domingo, 18 de agosto de 2013

Está em cima do muro? Vai cair...

Acredito que ficar em cima do muro não seja zona de conforto pra ninguém, ao menos penso assim. Imagina se dá vertigem? Dependendo da altura, já era!
É... Não existe equilíbrio suficiente pra permanecer em cima do muro o tempo inteiro. Mas tem muita gente tirada a circense que insiste em querer ser equilibrista. Observe: se fosse realmente bom nessa arte de equilibrar, já teria sido contratado pelo o Cirque du Soleil, eles catam os melhores! Se não está nem naquele cirquinho de interior da lona furada, é porque não leva o menor jeito pra ser equilibrista. Pensa em seguir a carreira de autoilusionista... Sim! Não vê? Anda iludindo a si mesmo achando que é capaz de manter o equilíbrio numa paredinha estreita o tempo inteiro, quando no seu interior... O caos está formado. Adianta? Not!
 
Na verdade, ando meio sem paciência pra conversar com gente que está lá em cima do muro. Pra mim, na condição de ouvinte, em poucos minutos de conversa o pescoço já começa a doer, não dá. Desconfortável! Longe de mim querer adquirir um torcicolo. Emplastros Sabiá, hoje em dia, resolve mais problemas de afinação em zabumbas do que problemas com pescoço duro.

Então, se quiser continuar um bom diálogo, seja lá com quem for, melhor descer. E se não quiser também, basta pular pro outro lado. Prático assim.
 
Ah, sem essa de medo de descer. Coragem! Pra quem conseguiu subir, descer é moleza. A gravidade ajuda. Quando se lança, dá pra armar o pulo. Caindo, não. E se por descuido, acontecer de se esborrachar no chão? Veja o lado positivo - vai acordar pra vida, na tora!

 
 
 
 

 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Peripécias de uma mulher ao volante...

Dirigir e falar ao telefone é infração média, certo? Certo!
Todos sabem disso, certo? Certo?
E já que todos sabem, andam na linha, certo?

Cri-Cri-Cri...

Eu, toda corajosa, responderia: depende da linha! Se a linha for torta, ando piamente. Mas se a linha for assim certinha, veja bem...

Tenho que trabalhar resolvendo o mundo pelo telefone, apagando vários incêndios num mesmo dia e tudo isso, diretamente do trânsito lindo de Salvador. Como lidar? Não sei. Só sei de uma coisa...  #OsGuardasPira

Ainda digo mais, se você é do tipo que dirige falando ao celular e que sempre passa da entrada certa, toca aqui!
Segundo meu pai, eu não posso me dar o luxo de andar com menos de 1/4 de gasolina porque do jeito que sou atenta ao meu trajeto, pra não dizer o contrário, posso pegar um retorno daqueles que ficam mais perto de Feira de Santana do que do bairro que até então era o destino, sabe?

Quem lembra do Doug Funnie? Aquele que dizia: "sou eu". Pois bem, por aí... Sim, toda errada! Sou eu! E assumo porque aqui não tem espaço pra vergonha. Só pra beleza mesmo!

Mas assim, nunca fui multada. Não pelo motivo em questão, diga-se de passagem. Pense num olho de Osíris que eu tenho! Totalmente provida do dom de enxergar os agentes com quilômetros de distância, às vezes acho que tenho um sensor no juízo capaz de identificá-los onde quer que estejam. Coisa de Deus!

Agora, digamos que eu tenha ficado bem surpresa com o presentinho que ganhei. Lindo! Um porta documento de carro que vem escrito:

BEIJO MELHOR DO QUE DIRIJO!

Amei! Até deu vontade de ser parada numa blitz, só pra ver a reação do guarda ao entregar a documentação. Sou dessas! Nhá!

- Será que ele teria coragem/desplante de me multar? Será?

Não sei. Mas também não quero saber. Deixa pra lá! Essa é uma curiosidade que não pretendo matar!

E quanto ao meu presentinho, olha que mimo...